Broncas, castigos, gritos e “tapinhas”: tudo isso já fez parte da rotina de muitas crianças no passado, enquanto eram disciplinadas por seus pais e responsáveis. Hoje em dia, essas atitudes, consideradas ultrapassadas, vão ficando cada vez mais para trás, e novas maneiras de orientar e educar, baseadas no diálogo e na empatia, vêm ganhando espaço em muitos lares. Trata-se de uma nova abordagem na relação entre pais e filhos, e ela recebe o nome de educação positiva.
Os benefícios dessa nova dinâmica educacional são notórios, com as crianças adquirindo mais autonomia e autoestima. Mas também é preciso cuidado, para que essa conduta não leve à falta de autoridade dos pais ou à flexibilização excessiva das regras.
Neste artigo, você descobre o que é educação positiva, quais são suas vantagens e como ela se aplica, tanto na rotina diária com seus filhos quanto no ambiente escolar. Boa leitura!
Índice
- O que é educação positiva?
- Como funciona a educação positiva: principais pilares
- Educação positiva x educação permissiva: diferenças e cuidados
- Colégio John Kennedy: experiências positivas na educação de gerações
O que é educação positiva?
A educação positiva é uma abordagem educativa baseada na conversa e no entendimento entre a criança e o adulto, com foco nas qualidades do indivíduo, e não em simplesmente apontar falhas ou punir pelos erros cometidos. Com isso, essa técnica educacional busca transformar o processo de ensino e aprendizagem em um espaço colaborativo, onde as crianças e adolescentes se sentem seguros, valorizados e motivados a tomar decisões e alcançar seu pleno potencial.
Diferente dos métodos tradicionais, a educação positiva propõe a construção de uma relação de respeito mútuo entre quem educa e quem recebe a educação. Nesse sentido, existe autoridade, sim, mas não autoritarismo. O objetivo é criar relacionamentos saudáveis e desenvolver habilidades importantes na criança, como a autonomia e confiança, sempre com base na empatia.
Como funciona a educação positiva: principais pilares
Por mais óbvio que pareça dizer isso, a educação positiva surgiu como uma resposta ao que se pode chamar, hoje em dia, de educação negativa. Ou seja: um sistema educacional ultrapassado e baseado no medo, na agressividade e na imposição, muitas vezes fazendo uso até mesmo de violência física contra a criança.
Esse método, que pode ser considerado uma forma de educação socioemocional, se sustenta em alguns pilares que orientam como deve ser a interação entre pais e filhos – bem como entre educadores e estudantes. Conheça quais são alguns deles!
- Respeito mútuo: a base da educação positiva é o respeito, e todos os envolvidos no processo educativo, independente da posição que ocupam nessa relação, devem ser tratados igualmente com gentileza e dignidade.
- Comunicação empática: um dos objetivos da educação positiva é criar vínculos saudáveis entre adultos e crianças, e a empatia é uma peça fundamental para construir um ambiente de confiança nessa relação. Ao ouvir atentamente e validar os sentimentos dos pequeninos, pais e educadores criam um ambiente seguro, onde seus filhos e alunos podem expressar suas ideias e emoções.
- Construção colaborativa: a educação positiva incentiva a colaboração na resolução de desafios e a negociação em busca de um consenso, quando existem opiniões conflitantes. Isso ensina a galerinha sobre a importância da cooperação e do respeito às diferentes visões e perspectivas.
- Foco positivo: em vez de enfatizar os erros e as dificuldades da pessoa, a educação positiva valoriza seu potencial e seus talentos. Ao reconhecer e celebrar as qualidades e os sucessos da criança, os adultos as motivam a melhorar cada vez mais.
- Autonomia e responsabilidade: a educação positiva busca desenvolver a autonomia das crianças e adolescentes, incentivando-os a tomar decisões e a assumir a responsabilidade por suas escolhas e ações.
Educação positiva x educação permissiva: diferenças e cuidados
Embora a educação positiva ofereça muitos benefícios para o desenvolvimento integral da criança, é comum que seus conceitos básicos acabem sendo aplicados de forma inadequada na prática diária. Dessa forma, o que se tem já não é uma educação positiva, mas sim uma educação permissiva, que pode causar prejuízos à trajetória de crescimento e formação do indivíduo.
É importante destacar que, mesmo oferecendo abertura ao diálogo e permitindo alguma margem de negociação, a educação positiva jamais abre mão de estabelecer autoridade, definir limites claros e oferecer orientação à criança sempre que for preciso. Ou seja: existe um equilíbrio entre liberdade e responsabilidade. Ao pontuar regras claras e justas, e advertir sobre as possíveis consequências envolvidas, pais e educadores ajudam as crianças a desenvolver autocontrole e a tomar decisões responsáveis.
Já na educação permissiva, o que acaba acontecendo é uma relação que carece de estrutura, e que pode levar à falta de disciplina. Com medo de parecerem autoritários, muitos pais acabam deixando de exercer sua autoridade na relação com seus filhos, e a criança perde a referência, sem saber mais quais são seus limites e parâmetros. Tudo passa a ser negociado, de forma exaustiva, e as regras vão sendo flexibilizadas para evitar conflitos.
Dar opções de escolha para a criança faz parte de uma abordagem positiva, claro. Mas essas opções devem sempre conduzir ao cumprimento da regra combinada, sem permitir que a negociação leve à desobediência.
Educação positiva dos filhos em casa
Considerando o que já aprendemos sobre educação positiva, é a hora de saber como aplicar essas ideias na prática. Em casa, por exemplo, os pais devem garantir que haja equilíbrio entre autoridade e respeito, evitando que a permissividade tome conta dessa relação por medo de entrar em embates com os filhos ou receio de magoá-los.
É preciso lembrar que a negociação entre pais e filhos não serve para esconder a existência de regras e limites, mas para fazer as crianças compreenderem sua importância. Se houver desobediência ou birra, o correto é não ceder.
Pais e mães podem acolher a criança e oferecer colo, claro, mas sem voltar atrás, sendo firmes em cumprir com a regra combinada. Isso, além de reforçar a autoridade dos responsáveis, também promove resiliência nos pequenos e os prepara para encarar os desafios da vida – o que pode ser um diferencial fundamental para crianças da Geração Alpha, por exemplo, que tendem a demonstrar excesso de individualismo e desconexão com a realidade à sua volta.
Educação positiva na escola
Do ambiente familiar, a educação positiva também chega ao ambiente escolar. Afinal, a escola é parceira dos pais e responsáveis na formação das crianças e adolescentes, e todos os envolvidos nesse processo devem trabalhar de forma alinhada para gerar os melhores resultados possíveis.
Se, em casa, a criança entendeu a noção de autoridade e respeito pelos pais, pautada pelo diálogo, essa imagem é automaticamente transferida para a figura do professor, e essa relação tende a prosseguir de forma saudável na escola. Mas, por outro lado, se a criança convive com a permissividade excessiva em seu lar, a tendência é que essa postura entre em cena no ambiente escolar, causando conflitos e gerando transtornos para o processo de aprendizagem.
A implementação da pedagogia positiva na escola costuma se basear em uma cultura de colaboração entre todos os membros da comunidade escolar, e é implantada por meio de algumas práticas como:
- Relação professor-aluno: uma relação baseada na confiança e no respeito mútuo, onde o professor atua como um guia e um mentor que merece ser ouvido, e não como um tirano que deve ser temido.
- Rodas de conversa: formatos de aula onde os alunos podem compartilhar seus pensamentos e sentimentos de forma segura e respeitosa, criando um ambiente escolar acolhedor, onde todos se sentem valorizados e respeitados.
- Projetos colaborativos: atividades que envolvem os estudantes na resolução de problemas reais e na tomada de decisões coletivas, como um projeto social na escola, por exemplo, estimulando a colaboração e o trabalho em equipe.
- Resolução de conflitos: fornecer ferramentas e oportunidades para que os alunos consigam resolver conflitos – que, invariavelmente, acontecerão no ambiente escolar – de forma pacífica e construtiva.
- Reconhecimento dos esforços: celebrar as conquistas dos estudantes e reconhecer seus esforços, mesmo que não tenham alcançado a perfeição, incentivando que continuem se dedicando para obter resultados melhores sempre. As olimpíadas científicas são uma ótima oportunidade para se fazer isso: em vez de destacar apenas quem recebeu medalha de ouro, vale festejar também medalhistas de prata e de bronze, bem como aqueles alunos que receberam menções honrosas na disputa.
Colégio John Kennedy: experiências positivas na educação de gerações
A educação positiva é uma abordagem que transforma o modo de se enxergar a educação. Ao focar no desenvolvimento integral dos alunos, a pedagogia positiva prepara as novas gerações para enfrentar os desafios do futuro com mais resiliência, empatia e criatividade.
E isso, claro, tem tudo a ver com o Colégio John Kennedy e nosso #ensinoquetransforma. A missão do CJK é formar – e transformar – nossos alunos, oferecendo a eles uma educação da mais alta qualidade, baseada no respeito consigo mesmos e com os demais, prestando atenção ao que acontece em seu entorno e respondendo às necessidades e demandas de uma sociedade que enfrenta diversos desafios.
Isso passa por um ambiente escolar saudável e acolhedor, por um corpo docente de excelência, com professores que amam o que fazem, por um quadro de colaboradores totalmente envolvidos com a educação dos nossos alunos e por um ensino de alto nível, que une a tradição de mais de cinco décadas do Kennedy na área educacional com a qualidade inquestionável do Sistema de Ensino Poliedro, parceiro exclusivo do CJK em Pirassununga.
E você? O que pensa sobre a educação positiva, e como diferentes métodos e técnicas de ensino e aprendizagem podem contribuir para o desenvolvimento dos seus filhos? Deixe seu comentário!
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